Blog

“O ADULTO CRIATIVO É A CRIANÇA QUE SOBREVIVEU”

26 de novembro de 2019 • Categoria: Jeito MAR(in)A de serPartilha que inspiraSua essência na vida

A casa dos meus pais sempre foi aquele lugar que podia fazer tudo. Meus irmãos e meus primos que o digam.

Podia tomar banho de chuva; vender brigadeiro em cima do muro para os passantes; pintar o cabelo de rosa com papel crepom (e ir para o colégio assim); brincar de caça-cruzetas fazendo um túnel de almofadas usando o sofá de cimento, a mesinha de centro da sala e um cronômetro; levar para o colégio (no dia do “animalzinho”) uma cobra de duas cabeças capturada debaixo das pedras do jardim de inverno da nossa casa.

A lista é grande, mas fico por aqui para não comprometer terceiros. Rsrs

E sabe de uma coisa? Não me recordo de ter gripado depois dos banhos de chuva. Pelo contrário. Carrego memórias cheias de afeto do frio da barriga que sentia após receber o convite da minha mãe ao cair do chuvisco. Ia correndo colocar o biquíni ou íamos de roupa mesmo. Uma transgressão, das boas, para uma “piveta” de 8, 9 anos.

Tomar banho de chuva de roupa com minha irmã e minha mãe me ensinou que quebrar regras de etiqueta ou sociais sem prejudicar ninguém, pode ser tão divertido quanto libertador.

Talvez um leitor “super ligado” em performance e resultado, possa se perguntar: e em que isso tanto te agregou?

Bom, pensar fora da caixa, fugir do tradicionalismo e pensar criativamente são atitudes um tanto valorizadas no mercado de trabalho nos tempos atuais.

Essas frases te parecem familiares? “Adoece”, “é perigoso”, “suja”, “bagunça”, “choca os outros”. Imagina o tanto de vida não vivida por conta de receios, medos ou prisões sociais?

Não sei se você percebeu, mas estou falando do nosso “eu criança” e do “eu adulto”.

Quantas vezes o nosso eu adulto, coberto de tanta precaução nos fala: “e se não der?”, “é arriscado”, “mas eu já cheguei até aqui, eu deveria continuar onde estou e não arriscar”, “tenho medo”.

O medo tem sim a sua finalidade adaptativa. Ele nos alerta a observar a situação para depois lutar, fugir ou, em situações mais catastróficas, paralisar. Ele pode ser ativado como um modo de defesa. Mas quando mal utilizado, ele poda e protege a ponto de limitar.

Porque não traçar um novo caminho? Se arriscar em uma experiência positiva calculando os riscos? Chocar de vez em quando pelo simples motivo de querer fazer aquilo naquele momento?

Ser espontâneo, autêntico, acreditar ser dono de si são formas de contatar esse serzinho que nos habita.

Me conta, o que a tua criança interior vem te ensinando?

Em 25/11/2019

Continue lendo

Fique por dentro de todas as últimas novidades do nosso blog.

Romae