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O dia que joguei tudo para o alto e fui ser feliz com o meu negócio

20 de fevereiro de 2018 • Categoria: Partilha que inspiraSua essência na carreira

Tem dias que a gente está mais emotiva e a escuta da história de alguém te faz lembrar traços da tua própria história.

Uma “viagem” para a Tabuba, um diploma de Geografia, um emprego estável e o risco em abraçar uma empresa de Decoração de Eventos. O que esses elementos têm em comum? Soltos, aparentemente nada. Integrados, tudo.

Essa história fala sobre o percurso de uma profissional, que deixou de lado um emprego estável (que já não atendia às suas aspirações pessoais nem lhe trazia satisfação) para ir em busca de sua grande paixão. Não sem passar por grandes desafios e provações, mas sempre regando a caminhada com perseverança, “tateio” (de tatear) do mercado, amor e esperança por uma vida mais feliz.

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Hoje à tarde tive a felicidade de ir visitar a casa de praia que irei fazer meu casamento. Me acompanhavam no carro minha mãe, minha tia e a minha decoradora (da festa de casamento), que também se chama Marina. Seria uma viagem normal e sonolenta se não fosse o tema que a gente entrou e que me fascina!

Já sabendo do ritmo aceleradíssimo de quem trabalha com Eventos, perguntei curiosamente para a minha xará (a decoradora) que dia da semana ela descansava. “Nenhum”, foi a resposta dela. Para alguns: INCONCEBÍVEL! Mas Marina carregava junto dessa resposta uma energia ímpar, que exalava paixão, conexão e total satisfação com o que fazia. Sabe quando falta ar, porque sobra empolgação na fala? Pronto, era ela ali, contando o quanto aquilo brilhava os olhos dela: escutar o desejo do cliente, transformar “sonho” em cenário real, criar, personalizar, relacionar-se, comunicar-se, ter um marido que topa suas “loucuras” (ele trabalha com ela)…

“O danado de você trabalhar com o que ama é mergulhar de cabeça nos projetos”. Foi a fala da minha mãe. Eu sabia que ela estava falando aquilo com a boca e com o coração. Esse comentário encaixava-se para Marina, para ela e para mim! Nós duas somos alucinadas por nossas profissões, ambas psicólogas.

Voltemos uns anos para entender como Marina alcançou essa integração plena, este estado de FLOW com o seu trabalho.

Marina estava nos contando que era Geógrafa, trabalhava na Semace, tinha um trabalho estável, mas além de não se sentir encaixada no tipo de percurso que todos os Geógrafos costumavam querer ter, segundo ela, (Mestrado, Doutorado e Ensino), foi percebendo também que não se sentia bem dentro de um escritório fechado. Pelo que ela comentou, quem é da área de Geografia sabe que a Semace é o sonho de consumo para muitos profissionais. Mas a verdade é que Marina já tinha experimentado outras vivências, que lhe traziam muito mais tesão.

Durante a faculdade, Marina foi a responsável pela organização de um mega evento e obteve grande sucesso nessa empreitada. Além disso, complementava a sua renda trabalhando em eventos esporádicos, típicos exemplos de experiências que marcaram e delinearam a sua identidade profissional.

[Ao contar sobre estes momentos marcantes, Marina parecia estar respondendo ao meu questionário de Orientação de Carreira, um instrumento que utilizo nas primeiras sessões com meus orientandos para ampliar a autopercepção de suas habilidades e interesses profissionais rsrs.]

Sim, ela conseguiu fazer este percurso sozinha. Não sei exatamente a que custo, em quanto tempo, de que forma. Mas deu certo! Não sou daquelas profissionais que acha que as pessoas só podem superar uma barra se for por meio de um psicólogo. Mas que a gente pode ajudar um tantão, oferecendo, por, meio de conhecimento e recursos técnicos, auxílio que favorecem o crescimento e evolução pessoal durante a passagem por uma crise, isso a gente pode sim.

Mas voltemos para a narrativa de Marina. Agora sobre o grande dia da decisão pela saída de seu emprego.

Quando decidiu sair da Semace, Marina já havia dado alguns passos em paralelo como profissional autônoma da área de eventos. Fazia festas nos finais de semana e trabalhava a semana inteira. Neste momento de sua vida, desejava estar mais tempo com a família, não almejava ganhar “tufos” de dinheiro, muito menos queria correr o risco de ser transferida para outra cidade distante de seus amigos e familiares, como era de se esperar dos próximos passos em seu trabalho na Semace. Marina é de ninho, gosta de estar próxima dos seus (além do nome temos isso em comum rsrs).

[Perceba que neste momento, Marina já tinha conhecimento do mercado de trabalho e já tinha clareza de alguns de seus valores e sobre o estilo de vida que desejava ter, etapas que percorremos no processo de Orientação de Carreira. Possivelmente isso ajudou em sua decisão.]

Mas vejamos. Provações.

Apoio para se lançar no seu sonho? Não pôde ter dos seus pais. A segurança e o desejo de proteção pela sua filha falaram mais alto e os conselhos era que não deixasse seu emprego. Conselho típico de pessoas da geração baby boomer. Imagina, para uma pessoa “de ninho” não receber esse apoio das suas grandes referências? Mas por outro lado, Marina pensava que não haveria ninguém no mundo que pegaria a sua empresa para organizar e coloca-la para frente. Se houvesse alguém, esse alguém seria ela! PROTAGONISMO E CORAGEM! Atitudes típicas de pessoas da geração X.

Marina precisou ir contra alguns e confiar em sua intuição. Por tudo que ela estava passando, ela sentia que sua empresa tinha tudo para se desenvolver. Não sei ao certo, mas acredito que, com sua experiência, ela já tinha muitas informações sobre o cenário, o mercado; já devia ter uma certa cartela de clientes e a diferença de sua dedicação e amor direcionada para cada um dos empregos devia estar gritando dentro dela! Ao mesmo tempo, não estava sendo fácil conciliar as demandas que vinham crescendo com o seu trabalho atual. Sobrecarga de trabalho.

Quando eu disse que trabalhava com Orientação de Carreira, Marina me perguntou se eu achava que ela tinha feito certo. Enchi a boca e disse que SIM! Marina já tinha

  1. Clareza do que amava;
  2. Tinha uma personalidade que se encaixava divinamente bem no tipo de trabalho que solicitava os eventos;
  3. Teve apoio do marido para tomar esta atitude;
  4. Já vinha fazendo isso em paralelo (calculou os riscos).

Ela precisava dar esse passo, para que sua energia, foco e tempo fossem direcionados para este projeto. Só assim, as consequências de suas ações iriam lhe dar a resposta que estava buscando: mais clientes, mais satisfação e mais integração com a sua essência.

Essa é a história da Marina. Mas quantas Marília, Carol, Felipe, João não estão passando por situações semelhantes? E o que tenho a dizer é: corram atrás dos seus sonhos. Se há algo incongruente, que traz um vazio, sensação de que falta algo, “distoância” com seus valores e suas aspirações, de fato você deve estar precisando dar uma redirecionada em sua vida. E só VOCÊ pode fazer isso, ninguém mais.

Conhecer a si mesmo é o primeiro passo para ter clareza de sua essência e entender porque as coisas não estão indo bem. Clareza interna favorece a clareza externa. Sabe aquela frase “Se você não se encaixa nesse mundo faça um novo mundo”? Redimensionemos: Se você não se encaixa neste pequeno mundo que é hoje a sua vida, reinvente-se. Olhe adiante, visualize à frente, enxergue com os dois olhos e não por meio de um binóculo, que vê apenas uma fatia.

Dê o primeiro passo. O incômodo é o que pode te retirar da zona de conforto (que, na verdade, não deve estar nada confortável).

Não está conseguindo enxergar as possibilidades e o mapa de como construir essa nova rota? Não se afobe. Esta é uma forma do seu corpo lhe proteger e lhe dizer que você deve obter mais informações (de si e do mercado) antes de tomar qualquer decisão. Com mais informações, talvez você consiga olhar sob um novo ângulo e, assim, se encorajar a dar novos passos com mais segurança.

Há profissionais com formações especializadas nesta temática que, por meio de ferramentas e instrumentos focados podem te ajudar a chegar lá e construir, junto com você, este mapa.

E aqui, me despeço de vocês, porque já falei um tantão. Já são 2h da manhã e precisarei acordar amanhã às 8h. Mas não para trabalhar. Vou à praia com meus sobrinhos, pois troquei o turno da quarta de manhã para domingo à tarde. Falando em “vida de autônomo”, essas são uma das flexibilidades que este tipo de trabalho te permite ter. 🙂

Por Marina Simeão (CRP: 11/06517)

Contato: (85) 9.8792.1416

Em 12 de julho de 2016.

Marina é Sócia Diretora da M. Simeão e uma de suas paixões, que dá total sentido à sua vida, é auxiliar as pessoas a se (re) conectarem à sua essência como via de bem-estar, autorrealização e empoderamento. Ela o faz por meio da Psicologia Clínica e da Orientação de Carreira em seu consultório particular.

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