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Por que escolher um nicho pode NÃO ser legal para você? — texto 2 de 3

25 de maio de 2020 • Categoria: Sua essência na carreiraSua essência na vida

Ontem, escrevi sobre as vantagens de definir um nicho de atuação (para ler o texto 1 clique AQUI). Mas como nem todo conselho é fielmente adequado para todas as pessoas, vejamos o outro lado.

Por que nem todo mundo encaixa-se nesse bê-a-bá indicado pelo mercado?Por que escolher um nicho pode NÃO ser legal para você?

Em poucas palavras, porque somos diferentes. Pensamos diferente, funcionamos de forma diferente e, por isso, um mesmo método pode funcionar e ter efeitos diferentes em pessoas diferentes.

Meu caro, nem toda teoria (nem aquela fortemente validada) se encaixará para todos os casos, se ela não for contextualizada.

E vou te contar, até que chegue uma melhor, ou até que o nosso contexto mude, essa cairá por terra e se tornará obsoleta.

Comecei a questionar essa ideia de “tem que” definir um nicho quando eu mesma, participando de um curso de empreendedorismo para psicólogos, com duração de 6 meses, terminei os 6 módulos sem conseguir definir qual era o meu nicho. Detalhe: quando isso era uma atividade proposta aproximadamente no 2º módulo.

E isso se sedimentou quando, ao facilitar o Workshop “Planejamento de Carreira para Psicólogos Autônomos”, uma aluna me questionou veemente e um tanto enfadada: “agora tudo é nicho?!”. Ela não voltou no segundo e último dia do curso. Mas, como eu acredito nos desígnios de Deus, a muchacha deixou uma mensagem valiosa para mim. Aquele questionamento fazia todo o sentido, inclusive para mim, que estava levantando a tal bandeira do nicho.

Chega a ser engraçada a minha saga com o bendito nicho. 😀

Me lembro que eu olhava para todos os lados tentando discernir mensagens subliminares que a vida poderia me dar, para extrair uma resposta quase divina sobre qual seria o meu nicho dentro do universo da Psicoterapia. Rsrs.

Eu não ia achar. E reitero para os parceiros de caminhada: até hoje eu sigo sem achar algo tão definido.

Mas achei uma reflexão muito pertinente: nem todo mundo consegue (e precisa) “encaixotar” seu fazer em um público só. E se assim o fizesse correria o risco de encaixotar a si também… Sabe…? Ser algo que você não é?

Então… estou falando de um tipo específico de personalidade e, numa altura dessas, vocês podem ter percebido que estou falando também de mim.

Tem gente que se sente aprisionada com o mantra “escolha o seu nicho”. São aquelas de personalidade mais eclética, volátil, que adoram diversidade, podem se entediar com a mesmice e PRECISAM estar estudando, lidando e ajudando pessoas e temáticas DIFERENTES.

Veja o vídeo abaixo e você entenderá um pouco mais o que estou falando. Se preferir, pode deixar o vídeo para depois.

Desde então, costumo levar para os meus Orientandos essas duas ideias:

1) Definir um nicho pode ser muito bom para você, por todos esses motivos levantados no texto 1 (clique em cima para ler o texto 1).

2) E não definir um nicho, para você, pode ser libertador e engrandecedor.

A vida não precisa ser uma corrida de como chegar mais rápido no alto (essa é uma das bases que fundamenta a escolha do nicho).

A vida pode ser uma deliciosa caminhada no leblon, aproveitando a vista, dando uma pausa para degustar uma água de côco. E o melhor: sendo quem você é e aprendendo diariamente com essa diversidade de gente que você atende.

Então, para finalizar: Você tem nicho? Sente-se feliz com ele? Ótimo!

Você não tem nicho e sente-se feliz com isso? Ótimo também!

Você não tem nicho e sente-se angustiado com isso? Então se pergunte qual a real necessidade disso em sua vida.

Se isso for muito relevante para você nesse momento de sua carreira, profissionais de Marketing, Carreira, Branding e/ou Coaching podem te ajudar. Dependendo do quanto isso tem mexido com você, um psicólogo clínico também pode te ajudar.

E não esquece daquele princípio: A vida é devir. É sobre isso que falaremos no texto 3, que será lançado amanhã. 🙂

Se você se identifica com esse tipo de personalidade mais eclética, te recomendo se encantar com o vídeo “Por que alguns não tem uma vocação específica?”, um TED de Emilie Wapnick, exposto aí em cima.

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